Pope Francis

Friday, 22 May 2015

Meditação diária de Falar com Deus - excertos de Os Frutos do Espírito Santo

Os mais importantes frutos sobrenaturais do Espírito Santo: caridade, alegria, paz, paciência, benignidade, bondade, longanimidade, mansidão, fé, modéstia, continência e castidade.

Em primeiro lugar figura o amor, a caridade, que é a primeira manifestação da nossa união com Cristo. É o fruto que nos faz experimentar que Deus está mais perto, e que visa aliviar o fardo dos outros. A caridade delicada e operativa com os que convivem ou trabalham conosco é a primeira manifestação da ação do Espírito Santo na alma.

A caridade está cheia de paciência; e a paciência é, em muitas ocasiões, o suporte do amor. O cristão deve ver em tudo a mão amorosa de Deus, que se serve dos sofrimentos e das dores para purificar aqueles que mais ama e fazê-los santos. Por isso, não perde a paz diante da doença, dos contratempos, dos defeitos alheios, das calúnias... ou mesmo dos seus fracassos espirituais.

Esperamos de ânimo sereno, sem amargura, e durante o tempo que Deus queira, as dilações queridas ou permitidas por Ele.

Ao primeiro e principal fruto do Espírito Santo segue-se necessariamente a alegria, uma alegria que caracteriza o cristão e que permanece por cima da dor e do fracasso.

O amor e a alegria deixam na alma a paz de Deus. Existe a falsa paz da desordem, como a que reina numa família em que os pais cedem sempre aos caprichos dos filhos. A paz, fruto do Espírito Santo, é ausência de agitação. Esta paz pressupõe uma luta constante contra as tendências desordenadas das paixões.

A bondade é uma disposição estável da vontade que nos inclina a querer toda a espécie de bens para os outros, sem excetuar ninguém: amigos e inimigos, parentes e desconhecidos, vizinhos e gente distante. A alma sente-se amada por Deus e isto impede-a de ter ciúmes e invejas, levando-a a ver nos outros filhos de Deus, a quem Ele ama e por quem Jesus morreu.

Não basta querer o bem para os outros na teoria. A caridade verdadeira é amor eficaz que se traduz em atos. A benignidade é a disposição do coração que nos inclina a fazer o bem aos outros. Na nossa vida, manifesta-se nos mil pormenores de serviço que procuramos ter com aqueles com quem nos relacionamos todos os dias. A benignidade incita-nos a levar paz e alegria aos lugares por onde passamos e a ter uma disposição constante de indulgência e de afabilidade.

A mansidão está intimamente ligada à bondade e à benignidade, e é como que o seu acabamento e perfeição. Opõe-se às estéreis manifestações da ira, que no fundo são sinais de fraqueza. Aquele que possui este fruto do Espírito Santo não se impacienta nem alimenta sentimentos de rancor para com as pessoas que o tenham ofendido ou injuriado, ainda que sinta – e às vezes muito vivamente, pela maior finura de sentimentos que adquire pelo trato com Deus – as asperezas dos outros, os desaires, as humilhações. Sabe que Deus se serve de tudo isso para purificar as almas.

À mansidão segue-se a fidelidade. Fiel é a pessoa que cumpre os seus deveres, mesmo os mais pequenos, e em quem os outros podem depositar a sua confiança. Ser fiel é uma forma de viver a justiça e a caridade. A fidelidade é o resumo de todos os frutos que se referem às nossas relações com o próximo.

Os três últimos frutos dizem respeito à virtude da temperança, a qual, sob o influxo dos dons do Espírito Santo, produz frutos de modéstia, continência e castidade.

Pessoa modesta é aquela que sabe comportar-se de modo equilibrado e justo em cada situação, e que aprecia os seus talentos sem os exagerar nem diminuir, porque sabe que são uma dádiva de Deus para serem postos a serviço dos outros. Este fruto do Espírito Santo reflete-se no porte exterior da pessoa, no seu modo de falar e de vestir, de tratar as pessoas e de comportar-se socialmente. A modéstia é atraente porque reflete simplicidade e ordem interior.

Os dois últimos frutos são a continência e a castidade. Como que por instinto, a alma está extremamente vigilante, a fim de evitar tudo o que possa ameaçar-lhe a pureza interior e exterior, tão grata a Deus. São frutos que embelezam a vida cristã, que a preparam para entender as coisas que se referem a Deus, e que podem obter-se mesmo no meio de grandes tentações, se se foge da ocasião e se luta com decisão, sabendo que a graça do Senhor nunca há de faltar.

(http://www.hablarcondios.org/pt/meditacaodiaria.asp)

No comments:

Post a Comment

Comments will be published only in exceptional circumstances