May we try to listen and be silent in order to make space for the beauty of God.
Deus caritas est. God is love. Deus é amor. Dios es amor. Dieu est amour. Dio è amore. A Catholic blog in English, Sometimes also in Portuguese, Spanish, French and Italian.
Saturday, 27 December 2014
The practice of Humility - 17
Do not contradict anyone in conversation when the things involved are
doubtful or debatable and can be taken in one way or the other.
Do not get excited in conversation; if your opinion is found false or less good, give in modestly and remain in humble silence. Again give in and behave in the same way about trifles, even if you are certain that what others maintain is false. On any other occasion, when it is important to defend the truth, do so with courage, but without fury and resentment; you may be sure that you will succeed better with kindness than with rage and indignation.
J. Pecci (later Pope Leo XIII)
Do not get excited in conversation; if your opinion is found false or less good, give in modestly and remain in humble silence. Again give in and behave in the same way about trifles, even if you are certain that what others maintain is false. On any other occasion, when it is important to defend the truth, do so with courage, but without fury and resentment; you may be sure that you will succeed better with kindness than with rage and indignation.
J. Pecci (later Pope Leo XIII)
Tuesday, 23 December 2014
The practice of Humility - 16
Refrain from judging others as from a most grievous evil; rather,
interpret every word or action well; with creative charity, find reasons
to excuse and defend your neighbor. Whenever defense is impossible,
since the fault committed is too obvious, do your best to minimize the
blame; attribute it to unawareness, or surprise, or any other suitable
reason. At least, stop thinking about it, unless your position requires
you to apply some remedy.
J. Pecci (later Pope Leo XIII)
J. Pecci (later Pope Leo XIII)
Saturday, 20 December 2014
The practice of Humility - 15
In your examination of conscience, cultivate always the practice of
accusing, blaming, and condemning yourself. Be a severe judge of all
your actions; these are always accompanied by thousands of defects and
by continuous pretenses of self-love. Foster a just contempt for
yourself, seeing yourself as lacking prudence, simplicity and purity of
heart.
J. Pecci (later Pope Leo XIII)
J. Pecci (later Pope Leo XIII)
Thursday, 18 December 2014
The practice of Humility - 14
If you lack human consolations, and God takes away from you any
spiritual sweetness, think that you have always had more than you
deserved; be content with the way the Lord treats you.
J. Pecci (later Pope Leo XIII)
J. Pecci (later Pope Leo XIII)
The practice of Humility - 13
As in the holy Gospel, seek always the lowliest place for yourself; be
sincerely convinced that it is the right one for you. Likewise, in
every necessity of life beware of desires and concerns that aim too
high; on the other hand, be content with simple and modest things, as
more in harmony with your littleness.
J. Pecci (later Pope Leo XIII)
J. Pecci (later Pope Leo XIII)
The practice of Humility - 12
Show always the greatest respect and reverence for your superiors; have
esteem and consideration for your peers; and use a great charity with
your subordinates. Be convinced that a different behavior can only
result from a soul dominated by pride.
J. Pecci (later Pope Leo XIII)
J. Pecci (later Pope Leo XIII)
Tuesday, 16 December 2014
16/12/2014 Pope Francis (@Pontifex): It is so important to listen!
It is so important to listen! Husbands and wives need to communicate to bring happiness and serenity to family life.
Pope Francis (@Pontifex)
Friday, 12 December 2014
The practice of Humility - 11
Repress vain and useless curiosity with all your might; do not be
over-anxious to see any of those things which the worldly call
beautiful, rare, and magnificent. Struggle instead to know well your
duty and what is beneficial for your salvation.
J. Pecci (later Pope Leo XIII)
J. Pecci (later Pope Leo XIII)
Wednesday, 10 December 2014
Each day be conscious of your duty
"Each day be conscious of your duty to be a saint. A saint! And that doesn't mean doing strange things. It means a daily struggle in the interior life and in heroically fulfilling your duty right through to the end."
(Saint Josemaría)
Tuesday, 9 December 2014
Conto de Natal
THE SELFISH GIANT ( O GIGANTE EGOÍSTA ) Um conto de Oscar Wilde
Toda tarde, quando voltavam da escola,as crianças costumavam ir brincar no jardim do gigante.
Era um jardim grande e agradável com um macio e verde gramado.
Aqui e ali havia sobre a grama belas flores com estrelas e havia doze pessegueiros que no tempo da primavera floresciam com delicadas flores rosadas e peroladas e no outono produziam ricas frutas. Os pássaros pousavam nas árvores e cantavam tão docemente que as crianças paravam de brincar para escutá-los. "Como nós somos felizes aqui" eles falavam uns aos outros.
Um dia o Gigante voltou. Ele tinha ido visitar o seu amigo no "Cornish Ogre" e permaneceu com ele durante sete anos. Após terem se passado sete anos e já se tivesse sido dito tudo, pois a conversa entre eles era limitada, ele resolveu voltar para o seu próprio castelo.
Quando ele chegou viu as crianças brincando no jardim.
"O que vocês estão fazendo aqui?" ele gritou com uma rude voz, e as crianças correram para fora.
"O meu jardim é o meu jardim"- disse o Gigante " Eu não permitirei que ninguém brinque nele a não ser eu mesmo". Então ele construiu um alto muro em volta e colocou uma placa com o aviso: OS INTRUSOS SERÃO PROCESSADOS
Era um Gigante muito egoísta.
As pobres crianças não tinham mais, agora, lugar para brincar.
Elas tentaram brincar na rua, mas a rua era muito suja e cheia de pesadas pedras e elas não gostavam. elas costumavam rodear o alto muro quando suas aulas terminavam e conversavam sobre o belo jardim: "Como éramos felizes lá" eles diziam uns aos outros.
Então, chegou a Primavera e o país todo estava com pequenas floradas e passarinhos. Somente no Jardim do Gigante egoísta era ainda inverno. Os passarinhos não cuidavam de cantar , lá não havia crianças e as árvores esqueceram de florir. Uma vez uma bela flor colocou sua cabeça para fora da grama, mas quando ela viu a placa com o aviso, ficou tão triste pelas crianças que ela voltou para dentro do chão e voltou a dormir.
As únicas pessoas que estavam satisfeitas eram a neve e a geada: "A primavera esqueceu deste jardim" eles exclamavam, "então nós viveremos aqui durante todo o ano".
A neve cobriu toda grama com seu grande manto branco e a geada pintou todas as árvores de prata.
Então, eles convidaram o Vento Norte para vir ficar com eles e ele veio. Ele estava embrulhado em peles e rugiu todo o dia sobre o jardim e golpeou as chaminés.
"Este lugar é uma delícia" ele disse. "Nós devemos chamar o Granizo para uma visita".
Então veio o granizo. Todo o dia , por três horas ele chacoalhou o telhado do castelo até quebrar a maioria das telhas e então girava, girava e girava em volta do jardim tão rápido quanto podia.
Ele estava vestido de cinza e seu sopro era como gelo.
" Eu não entendo por que a primavera está demorando para vir" disse o Gigante egoísta quando sentou-se perto da janela e olhou para o seu branco e gelado jardim. " Eu espero que haja uma mudança no tempo".
Mas a Primavera nunca vinha, nem o Verão. O Outono dava frutos dourados em todos os jardins mas no jardim do Gigante não dava nenhum. "Ele é tão egoísta" ele dizia. Então, era sempre inverno lá e o Vento Norte, o Granizo , o Gelo e a Neve dançavam entre as árvores.
Uma manhã o Gigante estava recostado em sua cama quando escutou um canto adorável. Ele soava tão doce em seus ouvidos que ele pensou que deveriam ser os músicos do rei que estavam passando. Realmente , era só um pequeno pássaro cantando fora de sua janela, mas fazia tanto tempo que ele escutara um pássaro em seu jardim que para ele parecia ser a mais bela música do mundo. Então o granizo parou de dançar sobre sua cabeça e o vento norte parou de soprar e um perfume delicioso chegou até a ele através da veneziana aberta . " Eu creio que por fim chegou a primavera" disse o Gigante, ele saltou da cama e olhou para fora.
O que ele viu?
Ele viu a mais linda cena
Através de um pequeno buraco na parede do muro as crianças rastejaram para dentro do jardim e sentaram-se nos ramos das árvores.Em cada ramo de árvore ele podia ver um criancinha.
E as árvores estavam tão felizes de ver as crianças de volta que novamente se cobriram de flores e gentilmente estendiam seus braços sobre as cabeças das crianças.
Os pássaros voavam e chilreavam com prazer e as flores do gramado olhavam para cima sorrindo.
Era uma adorável cena.
Somente num canto mais afastado do jardim era ainda inverno, onde se encontrava parado um garotinho. Ele era tão pequeno que não podia subir pelo galhos da árvore e a rodeava chorando amargamente. A pobre árvore estava ainda coberta de gelo e neve e o Vento Norte soprando e rugindo sobre ela.
"Suba menininho" disse a árvore e inclinava seus ramos para o mais baixo quanto pode mas o menininho era muito pequeno.
E o coração do Gigante se derreteu quando olho para fora. "Como tenho sido egoísta" ele disse, "Agora eu sei porque a Primavera não vem mais aqui. Eu colocarei o pobre menino em cima da árvore, e então, derrubarei o muro e o meu jardim será o lugar de diversão para as crianças para todo sempre".
Ele estava realmente muito magoado pelo que tinha feito. Desceu as escadas e abriu a porta bem suavemente e foi para o jardim. Mas quando as crianças o viram fugiram assustadas e o jardim ficou novamente invernal. Somente o garotinho não correu , pois seus olhos estavam tão cheios de lágrimas que ele não viu o Gigante vindo. E o Gigante parou atrás dele e delicadamente pegou-o com suas mãos e o colocou em cima da árvore. E a árvore mais uma vez floresceu e os pássaros vieram e cantaram nela e o garotinho estendeu seus braços e abraçou o pescoço do gigante e beijou-o. E as outras crianças que estavam observando de longe voltaram correndo e com elas voltou a Primavera.
"Agora o jardim é de vocês, criancinhas" disse o Gigante e pegou um grande machado e colocou abaixo o muro. Quando as pessoas foram ao mercado às doze horas encontraram o Gigante brincando com as crianças no mais belo jardim que jamais tinham visto.
Ao longo de todo o dia eles brincaram e quando a noite chegou o Gigante lhes disse adeus.
"mas onde está o seu pequeno companheiro?" ele disse "Eu o pus na árvore"- O gigante gostara mais dele porque ele o havia beijado.
" Nós não sabemos" responderam as crianças "Ele foi embora".
"Vocês digam a ele que volte aqui amanhã", disse o Gigante. Mas as crianças disseram que não sabiam onde ele morava e nunca o tinham visto antes, e o Gigante sentiu-se muito triste.
Toda tarde quando fechava a escola, as crianças vinham e brincavam com o Gigante. Mas, o menininho nunca mais foi visto.
O gigante era muito atencioso com todas as crianças mas sentia falta do seu primeiro amiguinho e sempre falava dele. "Como eu gostaria de vê-lo" ele costumava dizer.
Os anos se passaram e o Gigante ficou velho e fraco. Ele não podia brincar mais, então ele sentava numa poltrona e assistia as crianças brincarem e admirava o seu jardim. "Eu tenho flores muito belas" ele dizia "mas as crianças são as mais belas flores de todas".
Numa manhã de inverno ele olhou através de sua janela enquanto se vestia.
Ele agora não odiava o inverno pois sabia que era apenas a primavera que estava adormecida e as flores estavam descansando.
Repentinamente ele esfregou seus olhos assombrado e olhou e olhou. E certamente era algo maravilhoso. No lugar mais afastado do jardim estava uma árvore coberta com adoráveis flores brancas. Seus ramos eram dourados e em sua ramagem havia um fruto prateado. Embaixo da árvore encontrava-se o garotinho que ele tanto gostara.
O Gigante desceu correndo as escadas em grande alegria e foi para o jardim.Ele apressou seus passos através do gramado e chegou perto do menino. Quando olhou de perto, seu rosto ficou vermelho e bravo e ele disse: " quem ousou machucar você? pois nas palmas das mãos do menino estavam as marcas de dois pregos e as marcas de dois pregos estavam nos seus pezinhos.
"Quem ousou machucar você?" gritou o Gigante. "Diga-me que eu pegarei minha espada e o matarei"
"Ninguém" respondeu o menino "mas estas são feridas do Amor"
"Quem sois?" disse o Gigante e com um estranho sentimento de veneração ajoelhou-se ante o Menino. E o Menino sorriu para o Gigante." Deixe-me brincar mais uma vez em seu jardim,hoje você virá comigo para o meu jardim que é o Paraíso."
E quando as crianças correram a tarde para o jardim encontraram o Gigante morto debaixo da árvores todo coberto por brancas flores.
OSCAR WILDE
Traduzido por Guaraciaba Perides
Saturday, 6 December 2014
My video message for Iraqi Christians
http://t.co/ydKEgSGWHX
— Pope Francis (@Pontifex) December 6, 2014
Encuentro cotidiano con Cristo
Allí donde están vuestros hermanos los hombres, allí donde están
vuestras aspiraciones, vuestro trabajo, vuestros amores, allí está el
sitio de vuestro encuentro cotidiano con Cristo".
(San Josemaría)
(http://www.opusdei.es/es-es/)
(http://www.opusdei.es/es-es/)
The practice of Humility - 10
In conversations, do not annoy or make fun of others with sharp words
and sarcasm; shun everything worldly. Concerning spiritual things, do
not speak in a magisterial fashion, unless demanded by your office or
charity; be glad to consult with a mature person who will give you
proper advice. To play teacher without necessity is adding wood to the
burning fire of our soul, already engulfed in the smoke of pride.
J. Pecci (later Pope Leo XIII)
J. Pecci (later Pope Leo XIII)
Thursday, 4 December 2014
The practice of Humility - 9
Refrain from haughty and proud words denoting an attitude of superiority; avoid affected expressions and sarcastic remarks; silence anything that would lead you to be considered witty, or worthy of esteem. In a word, never speak of yourself without a just reason, and avoid doing anything just to gain honor and praise.
J. Pecci (later Pope Leo XIII)
J. Pecci (later Pope Leo XIII)
Wednesday, 3 December 2014
2/12/2014 Pope Francis (@Pontifex): near the poorest and those who suffer
The Church is called to draw near to every person, beginning with the poorest and those who suffer.
Pope Francis (@Pontifex)
Exterminador implacável
por JOÃO CÉSAR DAS NEVES
A humanidade enfrenta uma terrível doença, endémica e mortal. Felizmente surgiu agora no mercado um poderoso medicamento que, se usado com regularidade, garante não a cura, mas importantes melhorias. A maleita é muito pior do que o ébola, o cancro ou diarreia: orgulho.
Todos sabemos como na vida pessoal, profissional, política e diplomática a soberba gera zangas, conflitos e angústias. Por vezes os sintomas são evidentes, mas apenas aos circuns-tantes, pois quanto mais alguém está infectado, mais cego fica ao seu mal. É óbvia para todos a arrogância de Angela Merkel, Ricardo Salgado, da sogra metediça ou do chefe incompetente. Para todos, menos para o próprio, que se considera sempre razoável e injustiçado. Tal como os críticos de Merkel e Salgado, genros e subordinados que, julgando-se justificados pelos defeitos que criticam, são tanto ou mais presunçosos ao fazê-lo. O amor-próprio está sempre presente, mesmo se escondido como raiz venenosa. A maleita é de tal modo virulenta, que chega a infectar através da própria vacina: muitos somos orgulhosos da falta de orgulho, gabando-nos da nossa enorme humildade.
Há milénios a sabedoria identificou a sobranceria como o pior dos pecados, fonte de todos os outros. Na tradição cristã, por exemplo, é este o pecado de Satanás e também de Adão e Eva. São Tomás de Aquino explica: "A soberba encerra a gravidade máxima, pois nos outros pecados o homem afasta-se de Deus por ignorância, fraqueza ou busca de outro bem, enquanto a soberba se afasta de Deus precisamente por não se querer submeter a Ele e à sua lei (...) Segue-se que a soberba é, em si mesma, o mais grave dos pecados, enquanto a todos supera pela aversão, elemento formal do pecado" (Summa Theologiae II-II 162, 6).
Ligado ao pecado original, todos os seres humanos estão contagiados pelo vírus, recebendo-o no sangue. E, como a diabetes ou a malária, a soberba nunca é totalmente debelada, mantendo-se latente para sempre no quotidiano dos infectados: a única alternativa é ir gerindo o mal com fármacos. Como o quinino na malária ou a insulina na diabetes, apenas uma droga pode controlar o orgulho: humildade. Consequentemente, apenas para ir sobrevivendo, toda a gente precisa de doses contínuas e regulares de humildade. E até nos casos raríssimos que a medicina declarou curados, o tratamento deixa múltiplas sequelas, como vaidades, pedantismos e outras síndromes menores e anexas.
As terapêuticas disponíveis são múltiplas e eficazes e o mercado português está razoavelmente bem fornecido, até porque poucos doentes chegam à consulta. Apesar disso, até há poucas semanas era impossível aceder a um dos medicamentos mais famosos e potentes contra o orgulho. A falha foi finalmente colmatada, embora de maneira surpreendente, pois o princípio activo aparece não nas formas habituais de xarope, comprimido ou vaporizador, mas em pastilhas; e estas, em vez de virem nas embalagens comuns, estão dispensadas nas páginas de um livro. Felizmente a bizarria não afecta a eficácia. A Prática da Humildade (Paulus) foi escrito há cerca de 150 anos por Vincenzo--Cioacchino Pecci. A referida raridade do produto no circuito comercial explica-se, em parte, por o seu humilde autor ser mais conhecido como Papa do que como químico farmacêutico.
Os 25 anos do pontificado de Leão XIII - o quarto mais longo da história a seguir aos de São Pedro, do imediato antecessor de Leão, o beato Pio IX, e de São João Paulo II - foram marcados por inúmeros percalços e grandes obras doutrinais e pastorais, como as encíclicas Aeterni Patris (1879) sobre a filosofia cristã e Rerum Novarum (1891) que lançou a doutrina social da Igreja. Humildemente enterrado debaixo dessas maravilhas ficou este livrinho, obra de juventude do então ainda bispo de Perugia. O único propósito do volume é combater o terrível e peganhento muco da soberba, que nunca nos deixa descansados. Fá-lo da única forma eficaz, humildemente em 60 doses individuais.
O inconveniente de usar livro em vez de caixa é a falta do folheto informativo que sempre acompanha os remédios. Assim, os leitores desconhecem a posologia. Após árdua investigação, de que se orgulharia se o tema fosse outro, o DN está em condições de indicar uma possibilidade com resultados comprovados. A título preventivo, duas pastilhas por dia, de manhã e ao deitar; nos casos agudos, uma de seis em seis horas durante uma semana, consultando um especialista na falta de melhoras; esta é também a modalidade de uso permanente nos doentes crónicos.
A humanidade enfrenta uma terrível doença, endémica e mortal. Felizmente surgiu agora no mercado um poderoso medicamento que, se usado com regularidade, garante não a cura, mas importantes melhorias. A maleita é muito pior do que o ébola, o cancro ou diarreia: orgulho.
Todos sabemos como na vida pessoal, profissional, política e diplomática a soberba gera zangas, conflitos e angústias. Por vezes os sintomas são evidentes, mas apenas aos circuns-tantes, pois quanto mais alguém está infectado, mais cego fica ao seu mal. É óbvia para todos a arrogância de Angela Merkel, Ricardo Salgado, da sogra metediça ou do chefe incompetente. Para todos, menos para o próprio, que se considera sempre razoável e injustiçado. Tal como os críticos de Merkel e Salgado, genros e subordinados que, julgando-se justificados pelos defeitos que criticam, são tanto ou mais presunçosos ao fazê-lo. O amor-próprio está sempre presente, mesmo se escondido como raiz venenosa. A maleita é de tal modo virulenta, que chega a infectar através da própria vacina: muitos somos orgulhosos da falta de orgulho, gabando-nos da nossa enorme humildade.
Há milénios a sabedoria identificou a sobranceria como o pior dos pecados, fonte de todos os outros. Na tradição cristã, por exemplo, é este o pecado de Satanás e também de Adão e Eva. São Tomás de Aquino explica: "A soberba encerra a gravidade máxima, pois nos outros pecados o homem afasta-se de Deus por ignorância, fraqueza ou busca de outro bem, enquanto a soberba se afasta de Deus precisamente por não se querer submeter a Ele e à sua lei (...) Segue-se que a soberba é, em si mesma, o mais grave dos pecados, enquanto a todos supera pela aversão, elemento formal do pecado" (Summa Theologiae II-II 162, 6).
Ligado ao pecado original, todos os seres humanos estão contagiados pelo vírus, recebendo-o no sangue. E, como a diabetes ou a malária, a soberba nunca é totalmente debelada, mantendo-se latente para sempre no quotidiano dos infectados: a única alternativa é ir gerindo o mal com fármacos. Como o quinino na malária ou a insulina na diabetes, apenas uma droga pode controlar o orgulho: humildade. Consequentemente, apenas para ir sobrevivendo, toda a gente precisa de doses contínuas e regulares de humildade. E até nos casos raríssimos que a medicina declarou curados, o tratamento deixa múltiplas sequelas, como vaidades, pedantismos e outras síndromes menores e anexas.
As terapêuticas disponíveis são múltiplas e eficazes e o mercado português está razoavelmente bem fornecido, até porque poucos doentes chegam à consulta. Apesar disso, até há poucas semanas era impossível aceder a um dos medicamentos mais famosos e potentes contra o orgulho. A falha foi finalmente colmatada, embora de maneira surpreendente, pois o princípio activo aparece não nas formas habituais de xarope, comprimido ou vaporizador, mas em pastilhas; e estas, em vez de virem nas embalagens comuns, estão dispensadas nas páginas de um livro. Felizmente a bizarria não afecta a eficácia. A Prática da Humildade (Paulus) foi escrito há cerca de 150 anos por Vincenzo--Cioacchino Pecci. A referida raridade do produto no circuito comercial explica-se, em parte, por o seu humilde autor ser mais conhecido como Papa do que como químico farmacêutico.
Os 25 anos do pontificado de Leão XIII - o quarto mais longo da história a seguir aos de São Pedro, do imediato antecessor de Leão, o beato Pio IX, e de São João Paulo II - foram marcados por inúmeros percalços e grandes obras doutrinais e pastorais, como as encíclicas Aeterni Patris (1879) sobre a filosofia cristã e Rerum Novarum (1891) que lançou a doutrina social da Igreja. Humildemente enterrado debaixo dessas maravilhas ficou este livrinho, obra de juventude do então ainda bispo de Perugia. O único propósito do volume é combater o terrível e peganhento muco da soberba, que nunca nos deixa descansados. Fá-lo da única forma eficaz, humildemente em 60 doses individuais.
O inconveniente de usar livro em vez de caixa é a falta do folheto informativo que sempre acompanha os remédios. Assim, os leitores desconhecem a posologia. Após árdua investigação, de que se orgulharia se o tema fosse outro, o DN está em condições de indicar uma possibilidade com resultados comprovados. A título preventivo, duas pastilhas por dia, de manhã e ao deitar; nos casos agudos, uma de seis em seis horas durante uma semana, consultando um especialista na falta de melhoras; esta é também a modalidade de uso permanente nos doentes crónicos.
Venerável Pe. Maria-Eugénio do Menino Jesus, Quero ver a Deus, cap. III , 2ª parte - Pai-Nosso
«O Pai-Nosso é a oração por excelência
que põe a Igreja nos lábios do sacerdote
no momento mais solene do Sacrifício do altar.
É a oração dos pequenos
que desconhecem todas as outras,
a dos santos
que não se cansam de saborear as suas fórmulas
tão cheias de sentido.»
Pai-Nosso que estais no Céu,
no Universo e fora dele, eterno e sempre absoluto,
Santificado seja o Vosso Nome,
que eu Vos santifique em todas as minhas decisões, escolhendo sempre o amor,
Venha a nós o Vosso Reino,
o Reino do amor, o Reino do amor que prevalece sobre as coisas do Mundo,
Seja feita a Vossa vontade, assim na Terra como no Céu,
Que em todos os momentos e espaços do Universo seja feita a Vossa vontade,
Que as minhas decisões e accões, sejam, em todas as circunstâncias, apenas o resultado da Vossa vontade.
O Pão nosso de cada dia nos dai hoje,
o pão que mata a nossa fome, o Pão que alimenta o nosso espírito, o Pão que nos dá a Força para continuar dia após dia no caminho do Teu amor.
Perdoai-nos as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido,
Faz-nos a experiência do Teu amor, afim de que nós o partilhemos com o nosso próximo em toda a sua plenitude e totalidade.
E não nos deixeis cair em tentação mas livrai-nos do mal,
Não nos deixeis cair na tentação, mas livrai-nos do mal da soberba de pensarmos que não caímos no pecado graças aos nossos méritos em vez de reconhecermos que tal se deve apenas à Tua Graça.
Ámen
que põe a Igreja nos lábios do sacerdote
no momento mais solene do Sacrifício do altar.
É a oração dos pequenos
que desconhecem todas as outras,
a dos santos
que não se cansam de saborear as suas fórmulas
tão cheias de sentido.»
Pai-Nosso que estais no Céu,
no Universo e fora dele, eterno e sempre absoluto,
Santificado seja o Vosso Nome,
que eu Vos santifique em todas as minhas decisões, escolhendo sempre o amor,
Venha a nós o Vosso Reino,
o Reino do amor, o Reino do amor que prevalece sobre as coisas do Mundo,
Seja feita a Vossa vontade, assim na Terra como no Céu,
Que em todos os momentos e espaços do Universo seja feita a Vossa vontade,
Que as minhas decisões e accões, sejam, em todas as circunstâncias, apenas o resultado da Vossa vontade.
O Pão nosso de cada dia nos dai hoje,
o pão que mata a nossa fome, o Pão que alimenta o nosso espírito, o Pão que nos dá a Força para continuar dia após dia no caminho do Teu amor.
Perdoai-nos as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido,
Faz-nos a experiência do Teu amor, afim de que nós o partilhemos com o nosso próximo em toda a sua plenitude e totalidade.
E não nos deixeis cair em tentação mas livrai-nos do mal,
Não nos deixeis cair na tentação, mas livrai-nos do mal da soberba de pensarmos que não caímos no pecado graças aos nossos méritos em vez de reconhecermos que tal se deve apenas à Tua Graça.
Ámen
Monday, 1 December 2014
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