Os pais são os principais educadores dos seus filhos, tanto no
aspecto humano como no sobrenatural, e hão-de sentir a responsabilidade
dessa missão, que exige deles compreensão, prudência, saber ensinar e,
sobretudo, saber amar; e devem preocupar-se por dar bom exemplo. A
imposição autoritária e violenta não é caminho acertado para a educação.
O ideal para os pais é chegarem a ser amigos dos filhos; amigos a quem
se confiam as inquietações, a quem se consulta sobre os problemas, de
quem se espera uma ajuda eficaz e amável.
É necessário que os pais
arranjem tempo para estar com os filhos e falar com eles. Os filhos são
o que há de mais importante; mais importante do que os negócios, do que
o trabalho, do que o descanso. Nessas conversas, convém escutá-los com
atenção, esforçar-se por compreendê-los, saber reconhecer a parte de
verdade – ou a verdade inteira – que possa haver em algumas das suas
rebeldias. E, ao mesmo tempo, apoiar as suas aspirações, ensiná-los a
ponderar as coisas e a raciocinar; não lhes impor uma conduta, mas
mostrar-lhes os motivos, sobrenaturais e humanos, que a aconselham. Numa
palavra, respeitar a sua liberdade, já que não há verdadeira educação
sem responsabilidade pessoal, nem responsabilidade sem liberdade.
(Cristo que passa, 27)
(http://www.opusdei.pt/pt-pt/dailytext/)
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