Uma noite de Inverno,
cumpria, como de costume, o meu oficiozinho.
Estava frio, era noite...
De repente, ouvi ao longe
o som harmonioso de um instrumento musical.
Então imaginei um salão bem iluminado,
todo resplandecente de dourados,
de donzelas elegantemente vestidas,
dirigindo-se mutuamente cumprimentos e cortesias mundanas.
A seguir, o meu olhar pousou na pobre doente que amparava;
em vez de uma melodia,
ouvia, de vez em quando, os seus gemidos queixosos;
em vez de dourados,
via os tijolos do nosso claustro austero,
mal iluminado por uma luz muito frouxa.»
«Não consigo exprimir o que se passou
na minha alma;
o que sei é que o Senhor a iluminou
com os reflexos da verdade,
que ultrapassavam de tal maneira
o brilho tenebroso das festas da terra,
que não podia acreditar na minha felicidade...
Ah! para gozar mil anos de festas mundanas,
não teria dado os dez minutos gastos
no cumprimento do meu humilde ofício de caridade!...
Se no sofrimento, no meio do combate,
se pode gozar já, por um instante,
de uma felicidade que ultrapassa todas as felicidades da terra,
o que será no Céu,
quando virmos, no meio de uma alegria
e de um repouso eternos,
a graça incomparável que o Senhor nos concedeu?...
Senhor,
orienta o meu coração,
não para as verdades efémeras,
mas para as que não passam nesta vida
nem na vida eterna.
Ajuda-me, Senhor!
(http://orar.carmelitas.pt/)
cumpria, como de costume, o meu oficiozinho.
Estava frio, era noite...
De repente, ouvi ao longe
o som harmonioso de um instrumento musical.
Então imaginei um salão bem iluminado,
todo resplandecente de dourados,
de donzelas elegantemente vestidas,
dirigindo-se mutuamente cumprimentos e cortesias mundanas.
A seguir, o meu olhar pousou na pobre doente que amparava;
em vez de uma melodia,
ouvia, de vez em quando, os seus gemidos queixosos;
em vez de dourados,
via os tijolos do nosso claustro austero,
mal iluminado por uma luz muito frouxa.»
«Não consigo exprimir o que se passou
na minha alma;
o que sei é que o Senhor a iluminou
com os reflexos da verdade,
que ultrapassavam de tal maneira
o brilho tenebroso das festas da terra,
que não podia acreditar na minha felicidade...
Ah! para gozar mil anos de festas mundanas,
não teria dado os dez minutos gastos
no cumprimento do meu humilde ofício de caridade!...
Se no sofrimento, no meio do combate,
se pode gozar já, por um instante,
de uma felicidade que ultrapassa todas as felicidades da terra,
o que será no Céu,
quando virmos, no meio de uma alegria
e de um repouso eternos,
a graça incomparável que o Senhor nos concedeu?...
Senhor,
orienta o meu coração,
não para as verdades efémeras,
mas para as que não passam nesta vida
nem na vida eterna.
Ajuda-me, Senhor!
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