Procurar amar os meus irmãos, mesmo à custa dos meus pequeninos direitos

Despojar-se, morrer para si mesmo, deixar de se ver a si próprio, parece-me que a isto se referia o Mestre quando dizia: “Se alguém quer vir após Mim, que tome a sua cruz e renuncie a si próprio. Senhor, esta linguagem tão verdadeira, é contudo, quase incompreensível para a sociedade de hoje. Mais ainda, intolerável! Morrer? Senhor, quem quer morrer? Ou sequer pensar nisso? Mas não é exactamente a isto que Te referes, bem sei. Senhor, este “morrer” é muito mais o procurar amar os meus irmãos, mesmo à custa dos meus pequeninos direitos, não me lembrar das minhas comodidades e caprichos, para me desinstalar e fazer o bem. Morrer, é tudo o que me custa fazer para sair de mim, para dar gosto ao outro. Este morrer não é mau, senão bom. Não me enche de angustia, mas de alegria, não me afasta dos meus, mas aproxima-me sempre mais de Ti e de todos! Nesta Quaresma, ensina-me a morrer como Tu e por Ti, para viver mais, para viver de Ti! (http://orar.carmelitas.pt/)